As empresas que não se encontram em uma situação financeira muito boa, praticamente indo a falência, tendem a começar a pensar em entrar com um pedido de recuperação judicial.
A recuperação judicial prevê a preservação das empresas que se encontram em uma situação econômica fragilizada, para que a mesma não venha a encerrar suas atividades.
As empresas que se encontram nesta situação, e que pretendem entrar com um pedido de recuperação judicial, devem primeiro buscar um consultor jurídico para ajudá-las no processo.
Este profissional, auxiliará a empresa a elaborar o plano de recuperação a ser apresentado ao judiciário, bem como em todos os procedimentos que a empresa tem de cumprir para garantir a pedida recuperação.
Muitas empresas que se encontram nesta situação, simplesmente não conseguem mais sair dela sem ajuda, são empresas que geralmente tem grandes dívidas bancárias, e todo o caixa que entra, já é muitas vezes retido pelos bancos para pagamentos de empréstimos.
Ocorre por exemplo, de muitas empresas usarem as vendas dos cartões de crédito como garantia para empréstimos contraídos, nestes casos os bancos acabam “trancando” esses valores para fins de garantia de quitação de débito.
Para algumas empresas esse procedimento pode ser vantajoso, caso elas não precisem destes recursos para outros fins, mas quando a situação financeira da empresa começa a piorar, esse tipo de situação pode se tornar um grande vilão para a empresa, que acaba não conseguindo usar estes recursos para outras finalidades mais importantes.
Na atual situação financeira e econômica do país está se tornando mais frequente as empresas acabarem entrando em uma situação de falência por descuidos em seus processos com relação a seus recursos.
Normalmente os problemas começam com decisões que os gestores tomam em um determinado momento por parecerem vantajosas a empresa, mas que em outro momento pode se mostrar uma armadilha para o fluxo de caixa da entidade.
As empresas têm de ter muito cuidado com a forma de trabalhar e fazer negócios envolvendo seus recurso.
Esse cuidado não deve ser tomado só com os recebimentos em cartão, mas também com outros processos como o controle de duplicatas, emissão e recebimento de notas fiscais eletrônicas, e principalmente empréstimos em bancos e transações com factoring. Os controles sobre esses processos têm de ser tratados, controlados e analisados com muito cuidado, para que no futuro a empresa não se encontre em uma situação em que não consiga mais pagar os seus credores.
Para as empresas que não se encontram em recuperação judicial, mas que precisam fazer negócios com uma empresa nessa situação, também é necessário atenção, mas não há a necessidade de cortar relações com estes clientes totalmente, o plano de recuperação judicial prevê a proteção do direito dos credores, inclusive os credores participam da aprovação do plano de recuperação judicial.
*Carla Lidiane Müller – Bacharel em Ciências contábeis. Cursando MBA em Direito Tributário