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Definir um pro labore pode salvar sua empresa da falta de caixa

Pode parecer até aqueles anúncios sensacionalistas para chamar a sua atenção, más é a pura verdade, definir um valor de pro labore mensal pode salvar sua empresa da iliquidez de caixa, e digo mais, muitas empresas fecham por causa da falta dessa definição e seguir essa regra à risca.

Não vou falar da história do pro labore e nem do salário que vem da palavra sal, etc,

Vou começar com um bom e velho exemplo:

Empresa: Thinkoutbox Ltda;
Ramo: Serviços – Anexo III;
Modelo de Tributação: Simples Nacional;

Faturamento anual: 144.000,00;

Despesa média Mensal: 8.000,00;

 

Agora vamos montar um Demonstrativo horizontal simples:

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Cliente A

3.500,00

2.900,00

2.900,00

2.900,00

2.900,00

2.900,00

Cliente B

2.500,00

3.500,00

1.600,00

1.600,00

1.600,00

1.500,00

Cliente C

1.500,00

2.500,00

3.500,00

1.500,00

1.500,00

2.500,00

Cliente D

1.600,00

1.500,00

2.500,00

3.500,00

2.500,00

3.500,00

Cliente E

2.900,00

1.600,00

1.500,00

2.500,00

3.500,00

1.600,00

Faturamento

12.000,00

12.000,00

12.000,00

12.000,00

12.000,00

12.000,00

Despesas

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

Líquido

4.000,00

4.000,00

4.000,00

4.000,00

4.000,00

4.000,00

Extrato bancário

10,00

20,00

10,00

10,00

10,00

10,00

 

O empresário vê esses 4k na conta corrente “sobrando”, o olho brilha….. e vrau ! Usa tudo para despesas pessoais.

Aí…..o pessoal da contabilidade, no operacional, que faz o débito e crédito, levanta esse ponto, liga para esse cliente, explica que foi definido 2.000 de pro labore, que deveria  sobrar 2.000 na conta, e sugere fazer um CDB,  e guardar o valor até fechar o balanço.

E o o que acontece ? o empresário faz logo um financiamento de um possante carro com mensais de 2.000, afinal, ta sobrando 4k na conta.

Passa um mês nada do dinheiro, outro mês nada, 1 semestre nada. Derrepente, a economia titubeia como um criminoso de colarinho branco na frente do Juiz.

E Ficamos assim no 2º Semestre:

 

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Cliente A

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Cliente B

2.500,00

3.500,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Cliente C

3.500,00

1.500,00

1.500,00

2.500,00

3.500,00

1.500,00

Cliente D

1.600,00

1.600,00

1.600,00

1.500,00

2.500,00

3.500,00

Cliente E

2.900,00

2.900,00

2.900,00

1.600,00

1.500,00

2.500,00

Faturamento

10.500,00

9.500,00

6.000,00

5.600,00

7.500,00

7.500,00

Despesas

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

-8.000,00

Pro labore

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

Líquido

500,00

-500,00

-4.000,00

-4.400,00

-2.500,00

-2.500,00

Financiamento

0,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

Capital de Giro

0,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

-2.000,00

Extrato bancário

-1.500,00

45.500,00

37.500,00

29.100,00

22.600,00

16.100,00

 

Como a conta ficava no negativo, em agosto, o empresário teve que adquirir um contrato de empréstimo com o Banco, o Capital de Giro, no valor de 50.000 em 36 vezes de 2.000,00.

E aí temos o começo de um prolongado fim,  a empresa tem que girar caixa para pagar as dividas e não dar lucro.

É isso o que normalmente acontece com as empresas Brasil a fora, por falta de preparo ou mesmo falta de informação, má gestão, muitas empresas não duram 5 anos, é por isso que nós contadores devemos sempre tentar ajudar nosso cliente compartilhando informação, não só recebendo honorários e gerando impostos, mas sim chegar junto, fazer uma visita não faz mal a ninguém, faz muito bem !

E você empresário que nos lê, veja se está fazendo isso, converse com o seu atual contador, e veja se  está sendo um bom serviço, aquele serviço online de R$ 90,00 está valendo a pena ? Caso não, busque um profissional.

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